O banco e a Lua.


Sozinhos, no meio da noite ou em um dia muito claro, era frio e calor, tudo, tudo ao mesmo tempo, mas o que importava era estar naquele lugar.
Banquinho no meio da praça, Lua refletindo no mar, tudo típico de um romance com os detalhes indispensáveis, mas diferente do que todo mundo chegou a pensar tudo era diferente porque ali não havia apenas um banco em uma praça, ou a Lua refletindo. O banco era uma saudade a Lua era o reflexo de alguém que dizia ainda estar presente.

21h00min: Encontrávamos-nos sem pressa e receio do que o futuro iria aprontar com aquele louco amor, paixão e amizade que havia crescido sem desconfiança, segundas intenções ou apenas havia crescido.

22h00min: Qualquer um esperaria que depois de uma hora alguma coisa tivesse mudado, mas como escrito em algumas linhas a cima, era diferente de todos.  Continuamos ali, parados, apesar de o amor tomar cada vez mais conta de nós dois, mais de mim do que dele. Palavras curtas, apaixonadas e tontas. Tontas porque o amor nos faz um pouco de tontos.

22h30min: Perguntei o motivo de ter partido de maneira tão brusca, ele nunca respondia só fazia mexer nos meus cabelos e abraçava-me como a brisa.

23h00min: Deitei em sua perna para me sentir mais próxima, não sei dizer se de mim mesma ou dele. Algo havia de estranho, última coisa que eu estava era mais próxima dele, sem reclamar continuei deitada e comecei a contar o que se passava comigo, tudo o que ele não sabia quando não estava perto de mim, cada momento, desde quando esqueci até quando retornei a lembrar dos nossos momentos que pareciam ser insubstituíveis, aquelas horas que não iriam jamais se repetir, com a pessoa que jamais retornaria a ver. Foi quando repeti em voz baixa “retornaria a ver?”, “ retornaria a ver? ” e cada vez mais aumentando o tom “ retornaria a ver?”... “retornaria a ver?”.  E ele em tom suave respondeu “Lembra que eu seria seu Sol quando o dia estivesse nublado e a noite quando a saudade batesse você viria aqui no nosso canto me ver brilhando para você e então conversaríamos toda a noite, lembra?” e eu voltei a ficar calma, porque sempre retornaria a vê-lo, afinal nunca nos abandonamos.

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