Com a cabeça nos pés, e os pés na cabeça.

Eu conto os dias para ficar mais velha e lamento achando que passou rápido demais quando noto que já se foi mais um ano. Eu não entendo essa minha loucura de querer envelhecer e continuar nova ao mesmo tempo. Mas, não é disso que eu gostaria de falar, não ligue! Às vezes eu acordo assim, praticamente com a cabeça nos pés, e os pés na cabeça, e ainda bem que é só às vezes, porque nesses dias eu tento me entender e não consigo. Quando ajo normal já é difícil, tendo esses chiliques, ai é que a cena complica.

Estava olhando o mar, aproveitando ao mesmo tempo algumas cotas caindo para me perguntar por que quando há algum drama em minha vida é que consigo desenfrear as palavras, deixá-las livres e finalmente tentar colocá-las em ordem, o que não é nada fácil para que algo fique com sentindo, sim, bem diferente de mim, totalmente sem sentindo algum.

Mas é agora que eu tento tirar a conclusão que não é bem assim que as coisas acontecem, não é que precise de drama, é que esse é meu tempero.

E quando estou feliz, gosto de estragar tudo, quando estou triste gosto de perguntar por que tinha que estragar tudo, e é assim que eu faço minha vida correr, o Sol do nada virar Lua.

Diga-me quem tem esse poder, ninguém. Por que apesar de tudo, eu sei ao mesmo tempo sorrir, e o drama é meu. Não tente entrar, a cena é minha, na novela sou a protagonista.

Gosto de palco, teatro, sonhar, voar, cair do penhasco, mas não me pergunte como.

Já falei o quanto já renasci? É que eu vivo morrendo de amor, de felicidade, de paixão, de sonhos e de realidade.